quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Forgive my French

-quem disse que eu preciso de ismo?
dei uma risada Mutley
e não ficou por isso

também disse
que o que eu queria
era escrever poesia

não
poesismos,

nada dismo

poesabia,
a licença poética
engrandecendo-se
enquanto
a gramática se perde
naurora
todos os dias-


também o faz
o sabiá,
aquele que sabia assobiar

todo filósofo
de filme francês
fuma muitos cigarros
imitando os sábios

mas nunca imitam os sabiás

assobiam para
os garçons

trazerem a conta
trazerem o chá

O poeta,
de goela
seca

faz momento
num café

chora
ao tirar
o chapéu
das máquinas
dos ismos

e o garçom
deixa
não vê problema
nisso











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